quarta-feira, 22 de junho de 2016

BIBLIOTECA ARY DOS SANTOS EM SACAVÉM


Por fora nem digo nada (é ver a foto), por dentro é a agora habitual estética IKEA, superfícies planas, cores claras e alegres, materiais sintéticos e outras modernices incontornáveis, mas gostos são gostos e sendo que hoje aquele é o gosto dominante só tenho a dizer que tanto faz a cor do gato o que interessa é que o gato cace ratos, e no caso vertente a nova Biblioteca Ary dos Santos tem todas as condições para cumprir a importante função cultural a que se destina.

Em primeiro lugar a localização bem central na área oriental do concelho de Loures que irá servir, transportes públicos quase à porta, estacionamento fácil a dois passos. No interior espaços bons e bem distribuídos, pessoal bastante, abundância de meios informáticos, variedade da oferta de livros e outros suportes que, embora ainda em quantidades modestas, se espera continuem a aumentar com o tempo.

O horário de abertura, até às 18 horas, é um pouco limitado, e sugeriria que, lá para o Outono e a titulo experimental, a biblioteca passe a estar aberta um dia por semana até às 22 ou 23 horas de modo a facilitar a sua frequência e o levantamento ou entrega de livros, a quem trabalha.

Mas o que mais me agrada na Biblioteca Ary dos Santos é o nome, não apenas por se tratar dum amigo, mas sobretudo por ser o nome dum dos nossos grande Poetas, dum resistente anti fascista, dum companheiro de luta que, em tempos bem difíceis, a esta parte oriental do concelho, a operários, estudantes, democratas, anti fascistas, em várias e inesquecíveis ocasiões, trouxe a sua poesia de denuncia, protesto, revolta e esperança. Uma bela e merecida homenagem que teria deixado o Poeta e o Homem, sensibilizado, reconhecido e orgulhoso.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

NA "CICLOVIA DO TEIXEIRA", HOJE IA SENDO O DIA


Alguns amigos talvez se lembrem de já por aqui ter referido nunca ter visto UMA única bicicleta na famosa "ciclovia do Teixeira" (ex-presidente da Câmara de Loures e responsável por tão útil Melhoramento), um quilómetro de piso betuminoso implantado no meio dum passeio de calçada à portuguesa, ali na avenida da Índia em Sacavém.

Pois hoje quando vi um ciclista (daqueles equipados a preceito, calções e camisola de lycra e o recomendável capacete na cabeça), que vinha do lado do Parque das Nações pensei: Hoje é que vai ser o dia. O dia em que pela primeira vez, ao fim de quase oito anos, vou ver um veiculo de duas rodas naquela bendita ciclovia (veículos de quatro rodas vejo de vez em quando por lá estacionados em cima da ciclovia, se quiserem até vos posso mostrar fotos).

Só que para meu grande desapontamento o tal ciclista vestido a preceito fez aquilo que faria normalmente qualquer ciclista, continuou calmamente a subir a avenida da Índia no alcatrão da faixa de rodagem (por sinal com um bom piso e normalmente com pouco movimento), em vez de ir para a ciclovia no meio do passeio e arriscar-se a atropelar um miúdo ou uma velhinha mais distraídos.

Dito isto não perdi a esperança (assim Deus me dê vida e saúde) de um dia ainda ver um ciclista a pedalar na "ciclovia do Teixeira" (entretanto muito popular entre peões da 3ª idade sacavenense), ciclovia que vendo bem só ali está desde 2008, e nestas coisas temos de dar tempo ao tempo, aguardar calmamente (de preferência sentadinhos) que, como nos diz o discurso oficial, se criem os tais novos hábitos de mobilidade suave, saudável, e amiga do ambiente.