terça-feira, 7 de julho de 2015

O GATO DE SCHRODINGER, E AS INTERMITÊNCIAS DA VIDA DO EUROGRUPO


Recorrendo a uma complicada equação matemática o físico e Prémio Nobel Erwin Schrodinger conseguiu provar que o seu gato, previamente colocado dentro duma caixa, se podia encontrar num estado de sobreposição de vida, ou seja tanto podia estar morto, como estar vivo, dependendo isso de quem olhasse para dentro da caixa (não me peçam para explicar, que para dizer a verdade também não acredito muito nisto ;) ).

O caso é que o talvez falecido gato de Schrodinger mudou-se para Bruxelas e reencarnou numa coisa chamada EuroGrupo, que todos pensávamos ser um Órgão da UE, em que TODOS os ministros das Finanças da zona Euro tinham assento, mas que afinal tem dias.

Conforme tiveram a amabilidade de nos explicar há pouco mais duma semana, o EuroGrupo não passa de "um grupo informal", e que cabe ao Relvas holandês (presidente em funções da dita coisa) decidir quem participa ou não nas suas reuniões (pelo menos foi a desculpa que deram para não deixar Varoufakis participar na reunião do EuroGrupo dos 19-1=18, de 27/6).

Ora passada pouco mais de uma semana vejo agora ali na TV um gajo da Comissão Europeia a dizer que qualquer proposta sobre a Grécia a ser submetida ao Conselho Europeu terá de ser antes obrigatoriamente aprovada pelo EuroGrupo (com 19 ou com 19-1=18, se perguntar não ofende?).

EuroGrupo que tal como o gato de Schrodinger, que tanto pode estar vivo como morto, também tanto pode ser um dia um "grupo informal", como noutro dia qualquer um Órgão da UE com poder para tomar decisões vinculativas, e que agora, para nossa informação, está de novo vivo e de excelente saúde pronto para moer o juízo ao sucessor de Varoufakis.

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