domingo, 30 de outubro de 2011

RECOLHER OBRIGATÓRIO
Governo quer METRO a encerrar às 23.
Segue-se o quê? O Facebook, a Bloga e o Twitter?


Parece que afinal a razão do planeado encerramento do Metro às 23, e algumas estações logo às 21, bem como o encurtar os horários dos autocarros, não tem nada a ver com a redução do défice, nem está nas medidas da troika.

O objetivo é fazer com que o pessoal que não tem carro, dinheiro para andar de táxi, ou simplesmente prefere os transportes públicos, deixe de sair à noite e fique quietinho, em casa, a ver os Prós contra SuperPrós, e a ouvir atentamente aqueles comentadores que nos explicam com metáforas de economia doméstica, porque é que estamos a viver acima das nossas possibilidades e tal e coiso agora temos de pagar a Dívida que não fizemos.

Segue-se o quê? Um daqueles cromos do neo liberalismo tuga que enxameiam o Governo, talvez o Álvaro, himself, vai descobrir que andar por aqui na net e na cloud até tarde é mau para Dívida, a Banca, a salvação do Euro, e a felicidade da Merkel, derivado do que vão também impor um horário de encerramento ao Facebook, à Bloga, e ao Twitter?


(*) Imagem fanada a este Recolher Obrigatório.

sábado, 29 de outubro de 2011

"GOD BLESS THE USA!"
And God bless you, meu filho, se possível com um pouco de discernimento, que bem precisado estás.


O pessoal do Tea Party, desesperado com o sucesso mediático dos We are the 99%, tratou de cozinhar a martelo uma réplica com o original e sonante nome We are the 53%, sendo os 53% - maravilha! - a percentagem da população americana que segundo eles paga impostos.

Depois, como é tudo gente que fina, que não se mete em Acampadas ou Manifs, tratam de arranjar uns gajos com tendências maso-exibicionistas para ocupar as redes sociais com fotos duns hand made posters, nalguns casos acompanhados pela fronha do autor, onde cada um se gaba da sua contribuição para a engorda dos 1%, assim uma espécie de concurso para apurar o capacho mais capacho de todos os capachos, lá das terras do Tio Sam.

Nada que sem o dito aparato mas com igual fervor e entusiasmo, e os indispensáveis lamirés de troikistas e comentadores de serviço, não prolifere igualmente cá no sítio. É ver o papagear daquele pessoal que não tem onde cair morto mas que também acha que estava a viver acima das suas possibilidades, que agora o que é preciso é sacrificar-mo-nos, trabalhar mais, ganhar menos, e, se ainda nos sobrar uma réstia de energia, irmos em romaria, de joelhos, até à porta do Ministério das Finanças, agradecer o Milagre das Santíssimas Troikas.

Para Ajudar a Acender a LUZ ao FUNDO do TÚNEL


(Manchete do semanário EXPRESSO de 29 de Outubro de 2011)

Meu comentário: Como tenho vindo a dizer de há uns tempos para cá, as surpresas vão chegando às pinguinhas e aos bochechos, para evitar os choques térmicos e as reacções em cadeia. Pedro Passos Coelhos, inebriado com os duvidosos elogios que lhe têm sido dirigidos, pelos mais suspeitos figurões, esfrega as mãos, arregaça as mangas, corre a pedir mais dinheiro, sabendo que em contrapartida vai ter que vai continuar a despejar mais medidas de austeridade ao desbarato, continuando a sangrar os portugueses e a economia.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Ceia dos Cardeais


EM 13 de Outubro de 2011 o presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, entrou pelas 18h05 na Presidência do Conselho de Ministros, onde o Executivo estava a discutir o Orçamento do Estado para 2012, e foi reunir-se com o secretário de Estado Feliciano Barreiras Duarte para tratar de assuntos da “imigração” (terá querido dizer imigração de capitais?), o que é uma extraordinária coincidência, para não lhe chamar outra coisa.

Esta visita de Ricardo Salgado, e a sua mais que certa participação naquele banquete do Orçamento (que posteriormente considerou uma iniciativa de "enorme coragem"), vem mais uma vez demonstrar que, a exemplo do que acontece na União Europeia, são os grandes glutões do capital financeiro que estão ao leme do país, umas vezes de forma discreta, e outras vezes nem por isso. E a coisa correu tão bem que nem vai necessitar de recorrer aos 12 mil milhões disponibilizados pela "troika", para amortecer o efeito do perdão da dívida grega.

As visitas aos baluartes do poder e a partilha de prolongadas ceias, onde se traçam rumos e asseguram privilégios, são uma velha tradição de família Espírito Santo, pois desde o tempo da ditadura salazarista e caetanista que aqueles sempre tiveram uma relação privilegiada, de corpo e alma, com o poder político, e este hábito, pelos vistos, mantém-se de pedra e cal.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TÉCNICAS DE RESIGNAÇÃO E CONFORMISMO
Como abraçar a Crise, viver cada vez pior, e ser feliz infeliz para o resto da vida.


"Gerir € Poupar", é o tema duma sessão que irá ter lugar no dia 28 de Outubro na Junta de Freguesia da Portela "na qual se pretende consciencializar as famílias para a necessidade de organizarem e elaborarem orçamentos familiares e apoiar na gestão dos seus rendimentos e recursos financeiros de forma equilibrada, promovendo, assim, a poupança."

Pela minha parte, com a vasta e longa experiência de gerir cada tostão e de ter de viver cada vez com menos (experiência comum à maioria do pessoal deste país), posso garantir que já não há orçamento familiar e/ou gestão equilibrada que me safem do buraco onde as troikas me enfiaram.

Por isso preferia assim tipo uma sessão de debate da Crise e do Orçamento de 2012 (agora em discussão na AR), onde talvez pudessem surgir algumas sugestões que ajudassem aquele ministro lento da fala e lerdo das ideias, que ainda há pouco estava para ali na TV a dizer que não via em que é que as medidas (desastrosas) que propõe poderão ser diferentes, ou seja, um pouco menos péssimas.

Mas ouvir os cidadãos e promover a sua participação democrática na vida da Nação, é cena que não assiste ao pessoal que nos desgoverna. A divisão partidária de tarefas é assim : o PSD do Governo arrasta-nos para o abismo, o PSD da Junta, com a prestimosa colaboração do PS da Câmara, contribui para o peditório da resignação.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Recortes e Rascunhos (8)


Lei n.º 34/87, de 16 de Julho

(...)

CAPÍTULO II -

Dos crimes de responsabilidade de titular de cargo político em especial,

(...)

Artigo 14.º - Violação de normas de execução orçamental

O titular de cargo político a quem, por dever do seu cargo, incumba dar cumprimento a normas de execução orçamental e conscientemente as viole:

a) Contraindo encargos não permitidos por lei;
b) Autorizando pagamentos sem o visto do Tribunal de Contas legalmente exigido;
c) Autorizando ou promovendo operações de tesouraria ou alterações orçamentais proibidas por lei;
d) Utilizando dotações ou fundos secretos, com violação das regras da universalidade e especificação legalmente previstas;

será punido com prisão até um ano. 

DURA LEX SED LEX. Porque Espera a Justiça?

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

REFORMA DAS AUTARQUIAS
Afinal confirma-se que o Governo quer passar a nomear os autarcas, como no antigamente.


Achei que o pessoal estava a exagerar quando ouvi por aí que o Governo ia passar a nomear os autarcas, acabando com a despesa das eleições e a maçada da Democracia.

Afinal fui ver ao tal Livro Verde em que o Governo explica como é que vai fazer a reforma das autarquias e na pagina 21, em que se apresenta a Metodologia para realização da reforma, está exactamente isto:


Ora como, pelo menos no curto prazo, as viagens ao futuro, que seria a única forma do Governo ficar a saber quem vão ser os futuros autarcas, aqueles que ainda não elegemos, só mesmo nos filmes de Michael J. Fox, a única hipótese que vejo do Governo obter o consenso com os diferentes actores que deverão presidir à nova organização autárquica, é ser o Governo, itself, a escolher os futuros autarcas para, em consenso (sem makas, tudo gente da casa), definirem a bendita Matriz de Critérios Orientadores, o que quer que isso seja.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"O ESTADO NOVO NUNCA FECHOU AS PORTAS AOS MAIS CAPAZES"
Então o problema era os filhos dos operários serem todos burros?


Um daqueles cronistas que regularmente escrevem na ultima página do Publico conta que o pai "Inteligente, bom aluno, foi o primeiro da sua família a pôr os pés na faculdade, porque o Estado Novo, embora expusesse a maioria ao analfabetismo, nunca fechou as portas do ensino aos mais capazes".

Interrogo-me se o cronista acha que os filhos dos operários eram na esmagadora maioria burros, se o burro é ele por acreditar nas patranhas que está a impingir, ou se sabe bem do que fala e está é a tratar os leitores do Público como se fossemos todos burros?

É que, se outros dados não houvesse, basta recordar o à época tão falado II Grande Inquérito à Juventude Universitária, realizado pela JUC, Juventude Universitária Católica, em 1967, para perceber qual era o grau de abertura das portas do ensino superior aos mais capazes, no tempo do fascismo.

Por exemplo, apesar dos operários serem à data mais de 30% da população activa, diz o II Inquérito que apenas 2% dos estudantes universitários eram filhos de operários.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

GREVE GERAL
A sorte é que aqui pela bloga treinadores de bancada é coisa que não falta.


Sim, já viram ....O DRAMA ... O HORROR ... A TRAGÉDIA ... que seria se a organização da Greve Geral ficasse entregue aos trabalhadores e às suas organizações? A sorte é que aqui pela bloga treinadores de bancada é coisa que não falta.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O PORTELA MAGAZINE NÃO QUER TENDÊNCIAS, IDEOLOGIA, OU PARTIDARISMO
Seria um drama, um horror, uma tragédia...


Mal tinha acabado de ler este post sobre o apartidarismo democrático e estava para aqui a magicar que também ainda há por aí à solta muito apartidarismo do antigo, do tempo da outra senhora, de que aliás o post também fala, quando me cai no Gmail, reenviada por um amigo, uma circular da Associação de Moradores da Portela, a anunciar o lançamento de uma nova revista, o Portela Magazine.

Fui lá espreitar a novel publicação, e não é que logo no 2º paragrafo do Editorial de Apresentação tropeço com este naco de prosa (sublinhado dos próprios), que bem podia ter saído directamente da caneta dum daqueles legionários que o fascismo ás vezes conseguia pôr à frente das colectividades populares(*) da época:


Não faço ideia se o lápis azul lá do magazine está entregue a alguém em particular, ou se é irmãmente partilhado por todos, mas parece-me que alguma coisa está por lá a falhar.

É que após tão anti-séptica e enfática promessa, logo na página 7 ... DRAMA ... HORROR ... TRAGÉDIA ... deparo com uma fotografia do ubíquo Carlos Teixeira, PS, Presidente da Câmara de Loures (inaugurador compulsivo que não escolhe local nem época para atacar) a participar na inauguração do novo Centro de Actividades da AMP.

E daí, pensando melhor, talvez não. Talvez não tenha havido nenhuma falha do lápis azul. Talvez, como nos tempos de Salazar e Caetano, a acusação de fazer politica, pelos critérios destes senhores/as, nunca se aplique a eles próprios, aos que se identificam com a Situação.

Só os outros, os que não são da cor deles, é que terão tendências, ideologias e partidarismo.



(*) Que não era o caso das colectividade populares destas bandas que podem, quase todas, orgulhar-se dum passado digno e respeitável, sem subserviência ao regime ou posturas de abstracta e anti-séptica independência e apoliticismo, mas sim de participação activa e empenhada no movimento popular anti fascista que tão decisivamente contribuiu para a criação das condições que tornaram possível o 25 de Abril.

Não somos a Grécia; podemos acabar pior


«Com o OE 2012, o governo português está a copiar as piores políticas gregas. Repete que não somos a Grécia, mas acelera no seu encalço.

Repare-se que na Islândia, igualmente sob uma intervenção agressiva do FMI, a mobilização popular não deixou que os prejuízos privados passassem para o erário público. Não se salvaram bancos ou seguradoras, renegociou-se a dívida, apostou-se no reforço da democracia e os dirigentes do país responsáveis por políticas ruinosas estão a ser julgados. Hoje vêem-se os resultados.

O problema é que a solução islandesa aplicada a Portugal implicaria que o actual Presidente – com Sócrates, Santana, Durão e Guterres – fosse julgado pelas decisões ruinosas que tomou. E com ele a maioria dos que ainda hoje nos governam sentados à sombra do bloco central.

A solução islandesa aplicada a Portugal implicaria a nacionalização da banca. As injecções de dinheiros públicos deixariam de servir para acudir a loucuras, manter os lucros extraordinários ou limpar prejuízos tóxicos. O Estado assumiria os custos e os proveitos do que entendesse, em função do interesse público.

A solução islandesa aplicada a Portugal implicaria uma apertada vigilância democrática que dificultaria a dança de cadeiras entre cargos públicos e privados e não permitiria que um banqueiro se sentasse à mesa do Conselho de Ministros que decide o Orçamento de Estado.

Na Islândia o povo mobilizou-se para resistir. Na Grécia o povo acordou mais tarde. E nós, chegaremos a tempo?»

Artigo de opinião do arquitecto Tiago Mota Saraiva, com o mesmo título do post.

Meu comentário: De algum tempo a esta parte, também tenho referido que nem todos os caminhos vão dar a Atenas, e que não deve ser ignorada a lição de Reiquiavique, muito embora sejam escassas as notícias do que lá se passa. Mas ninguém liga! Deve ser porque não sou banqueiro, politólogo ou comentador desportivo…
Em contrapartida, o ministro Victor Gaspar, ao não admitir renegociar a dívida portuguesa, está convicto que no fim da linha deste brutal programa de austeridade - que só trás mais recessão, desemprego e empobrecimento generalizado - havemos de regressar, com pompa e circunstância, ao seio dos sacrossantos “mercados”.

18/10, ENTÃO ATÉ LOGO.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SOBRE O GENE MEME DO APARTIDARISMO
E a forma de tentar lidar com o dito.



Um meme, segundo Richard Dawkins, é assim uma espécie de gene sócio-cultural, que se replica e propaga numa sociedade de forma semelhante à dos nossos conhecidos e indispensáveis genes.

Um bom exemplo de meme é o popular e ubíquo apartidarismo, cuja origem remonta aos regimes fascistas que dominaram boa parte da Europa a partir dos finais dos anos 20 até 1945, e em Portugal e Espanha até aos anos 70.

Para quem não teve a experiência directa, ou que já se esqueceu, convém dizer que para além da feroz repressão policial sobre os partidos, e os seus militantes e simpatizantes, o fascismo sempre desenvolveu uma intensa e sistemática campanha contra a própria ideia de partidos, apresentado-os como defensores de interesses particulares, de grupo, com uma papel divisivo numa sociedade que queriam una e coesa à volta da vontade do líder, o ditador. Exemplo do efeito dessa propaganda é a expressão, que ainda hoje se ouve, a minha política é o trabalho.

Como um gene, também um meme para ter sucesso, além da óbvia capacidade de adaptação a novas situações, precisa de condições favoráveis para se reproduzir e alastrar. Condições que como vimos, pela força e pela propaganda, o fascismo lhe assegurou durante 48 anos. Condições que no pós 25 de Abril, embora de natureza diferente mas a que este meme do apartidarismo se adaptou facilmente, também não lhe têm faltado.

As sistemáticas quebras de promessas eleitorais, a submissão do poder político-partidário ao poder económico, o favorecimento próprio e dos amigos, o sectarismo militante, têm sido factores decisivos à difusão da nova mutação do velho apartidarismo, inclusive entre as novas gerações que já não tiveram um contacto directo com a sua forma original.

Não se estranhe por isso que o apartidarismo, com raízes profundas e terreno fértil na nossa sociedade, mereça hoje uma simpatia tão alargada e diversificada, e que, mais recentemente, o justo descontentamento popular esteja em boa parte a ser canalizado para diversas formas de intervenção apartidária. Só para falar de 2011, temos as candidaturas de Fernando Nobre e José Manuel Coelho, as manifestações do 12 de Março, a Acampada do Rossio, e agora o 15 de Outubro.

Embora a maioria dos que se assumem apartidários e defendem o apartidarismo sejam democratas que nem sequer vêem nessa sua posição nada de anti-democrático, convém não esquecer que o apartidarismo tem sido um factor importante na afirmação dos chamados homens providenciais, e de outras formas de intervenção política mais ou menos à margem da democracia.

Mas para além desse risco, que aqui e agora me parece apenas potencial e com poucas pernas para andar, hoje o problema maior do apartidarismo, em particular na sua forma anti-partidos, é ser um obstáculo bem real à tão necessária unidade das forças democráticas contra a maior ofensiva anti-popular e anti-trabalhadores da nossa história recente.

Tal como cada um de nós tem de viver com os genes que herdou, mesmo que não sejam os do nosso inteiro agrado, também as sociedades têm de saber conviver com os memes que lhes couberam em sorte.

Para a superação desta contradição apartidarismo vs. partidos o esforço de entendimento e cooperação tem de ser mútuo e recíproco. Os movimentos porque tal como os partidos também são responsáveis perante todos aqueles que mobilizam, e não devem deixar que preconceitos ou interesses mesquinhos, se sobreponham aos objectivos por que lutam.

Mas a responsabilidade maior em tentar afastar aquilo que hoje é apenas um escolho, mas que se pode tornar numa barreira intransponível à tão necessária unidade na acção, cabe, em primeiro lugar, aos partidos de esquerda e seus militantes.

Não só porque estão em melhores condições para valorizar a importância da convergência de esforços e vontades, mas também pela sua maior experiência e cultura políticas, pelo facto de não estarem completamente inocentes de alguns pecados veniais que lhes apontam com razão (os pecados mortais são todos do PSD, PS e CDS, não confundir alhos com bugalhos, please?), e last but not the least, porque o Povo não existe para servir os partidos, os partidos é que existem para servir o Povo.

domingo, 16 de outubro de 2011

Em breves palavras, o FMI, o governo português e a crise

Era Uma Vez Um Cogumelo...


Transcrição parcial de um e-mail recebido na minha caixa de correio.

ERA UMA VEZ «(...) um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era  presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para que serve.

Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.

Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês [2.400 contos em moeda antiga] durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: “Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?”. E eu respondo: “Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!”. E você volta a questionar-me: “Então, porque fica o homem a receber os tais 12.000 por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?”.

Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que “o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE”. E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.

(...) Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público.
(...)»

Meu comentário: Antes de se despedir, indo gozar uma espécie de licença sabática principescamente remunerada - que dizem ser uma forma de deixar dissiparem-se as eventuais incompatibilidade e conflitos de interesses que o cargo vai acumulando, em alternativa a receber um aviltante subsídio de desemprego -, o senhor Vasconcelos auferia a bagatela de 18 mil euros mensais (3.600 contos em moeda antiga), mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo, tudo isto para presidir a uma instituição perfeitamente anacrónica e desnecessária (gordura do Estado, dirão alguns), na medida em que para fazer cumprir as disposições legislativas do sector energético, bastava a acção tutelar do governo, dos tribunais, das organizações que gerem os conflitos de consumo e afins, etc., etc..
Por isso, há razões de sobra para nos indignarmos e pedirmos contas por este despautério, porque é com a proliferação de casos idênticos a este, numa espécie de branqueamento do proxenetismo de luxo, que os bolsos de uns poucos se enchem, ao mesmo tempo que se esvaziam para todos os outros. E como este, há muitos outros casos que se multiplicam como cogumelos, melhor, como uma colónia de cogumelos...

DESIGNER VAGINA SURGERY
E andaram as nossas avós a queimar soutiens...


Pelo que leio no Guardian este novíssimo ramo de negócio, formado por médicos e clientes que acreditam que a área inferior do sexo feminino pode ser melhorado ou corrigido, segundo a American Society for Aesthetic Plastic Surgery só em cirurgia plástica (não contando intervenções feitas por ginecologistas) atingiu em 2009 cerca de 4.9 milhões de euros.

Procedimentos oferecidos, entre outros, incluem labioplastia (corte ou remoção completa de lábios), rejuvenescimento vaginal (aperto), himenoplastia (revirginação) e unhooding (destapar) o clitóris.

sábado, 15 de outubro de 2011

SE A DESONESTIDADE PAGASSE IMPOSTO...
Passos diz que funcionários públicos ganham mais 10 a 15% do que os do privado.


Para tentar justificar os cortes dos subsídios de Férias e Natal aos trabalhadores da função pública Passos diz que funcionários públicos ganham mais 10 a 15% que trabalhadores do privado. Só se esqueceu de dizer que os trabalhadores da função publica têm em média um nível de escolaridade bem superior aos do privado:

% trabalhadores com Ensino-----Básico------Secundário------Superior
Administração Pública-------------41,8------------12,9-------------45,3
Sector Privado-----------------------72,5------------14,5-------------13,0
FONTE - Boletim do Emprego Público – Out. 2008 - DGAEP

Aos comentadores do costume adianto já que nunca trabalhei na administração ou em empresas públicas.

15/10, ENTÃO ATÉ LOGO.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

DEMOLIÇÃO DE BARRACAS A BOM RITMO
Mais de metade coercivamente, o que não tira o sono a quem dirige a Câmara de Loures


O título, Demolição de barracas a bom ritmo, duma notícia num site da Câmara de Loures, dá logo a ideia dos objectivos da Câmara: não se trata de realojar pessoas que vivem em péssimas condições, em habitação precárias degradadas, mas de limpar o espaço para outros fins, nalguns casos de pura especulação imobiliária.

De acordo com os dados divulgados na notícia mais de metade das demolições foram feitas coercivamente, o que é apresentado como se fosse a coisa mais natural da vida, uma Câmara recorrer ao uso da força para desalojar os próprios munícipes que devia ser a primeira a defender.

Como já aqui referi antes, pelo menos na Quinta da Torre, Camarate, a população tem resistido, mas apesar disso, pelo que diz a Câmara de Loures, no primeiro semestre deste ano já foram demolidas 35 barracas.

A Acampada Lisboa, denuncia situações dramáticas que os desalojamentos estão a provocar, alerta para a previsível destruição de mais barracas na próxima 3ª feira e apela à solidariedade de todos para com as populações atingidas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DISTÚRBIO AFECTIVO NO CORREIO DA MANHÃ
Mas afinal quem é que levou o tiro, a mulher ou a amante?



"Tudo se passou pelas 16h40. No meio do violento confronto entre as duas mulheres, na via pública, o homem pegou numa arma e disparou um tiro que atingiu a amante. Após o disparo, o taxista transportou a vítima para o Hospital Santos Silva, em Gaia. A mulher foi atingida no antebraço direito e recebeu alta médica ao final do dia."

Com artistas destes a escrever para o pasquim, até nem é má ideia o Correio da Manhã ficar-se por estas cenas de alcova, a fazer concorrência ao DN, e deixar de se preocupar em dar notícias.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dos Livros


DA AUTORIA do economista João Pedro Martins e com a chancela da editora SmartBook, acabei de ler o recém-editado livro "Suite 605", com o subtítulo “A história secreta de centenas de empresas que cabem numa sala de 100m2”, o qual aborda e escalpeliza a figura sinistra do offshore madeirense, eufemisticamente conhecido como Zona Franca da Madeira.

Ao prazer da leitura de um tema polémico, acresce a coincidência da recente divulgação da dívida escondida pelo governo regional da Madeira, e a ocorrência de mais umas eleições regionais naquela região autónoma, acontecimento sempre atulhado de passeios inaugurativos e de comícios eleitorais recheados de vitupérios, quando não transformados em autênticas garraiadas humanas. Isto para não falar do mais importante, que foram as referências ao regabofe dos pretéritos 12.775 dias de consulados jardinistas, bem untados e ignorados pelos condescendentes governos da República.

Passemos ao livro. É uma obra arrasadora. Lê-se de um fôlego e fica-se com os cabelos em pé, para não dizer horrorizado, com as situações com que somos confrontados e as conclusões que acabamos por tirar.

Na verdade, estamos rodeados de malfeitores e presos numa poderosa rede criminosa.

No caso específico deste offshore da Madeira, situado na suite 605 do Edifício Marina Fórum, no n.77 da Avenida Arriaga do Funchal, o cenário resume-se a uma sala de 102m2, que alberga 1.000 empresas virtuais. Cada empresa ocupa uma área equivalente a um mosaico de cozinha, havendo dois super-gestores (recrutados entre as “famílias” madeirenses, mas desprovidos de competência académica ou profissional ) a quem compete administrar 868 empresas, em regime de voluntariado, isto é, sem receberem um cêntimo pela função  que desempenham (serão beneméritos?), a qual, na prática, se limita a ser mera pirataria fiscal. Assim, o grande desenvolvimento de que os políticos madeirenses tanto se orgulham e vangloriam, não passa de um paraíso fiscal, situado numa região ultra-periférica, habitado por umas largas centenas de empresas-fantasma, embrulhadas numa simples escritura de constituição de empresa, desprovidas de trabalhadores, com lucros fabulosos, e cujos escritórios se limitam a ser uma caixa de correio.

Um exemplo: na Madeira não existem minas, fundições, fábricas, armazéns ou entrepostos industriais, mas registada no offshore existe a ArcelorMittal Trading, que é um gigante mundial do aço, que não produz um único grama de aço nem têm operários na Madeira, mas que exporta dali, através de uma frota invisível de navios, toda a sua colossal produção. Neste offshore do Funchal, tal como a ArcelorMittal Trading, existem centenas de outras empresas que não criam emprego, nem riqueza para o país. Não acrescentam tecnologia e não pagam impostos em Portugal. Limitam-se apenas a ter lucros e a beneficiar das isenções fiscais. Se pagassem o que lhes competia, tal seria o suficiente para acabar com o desemprego na região autónoma, a oferta de emprego passar a superar a procura, e os cerca de 30% de madeirenses que vivem abaixo do limiar da pobreza, passariam a ter uma existência mais digna e segundo padrões europeus.

Diz o autor que “os paraísos fiscais não são um tema complexo apenas ao alcance de economistas e advogados, é um sistema ultrajante que rouba aos pobres para evitar que os ricos paguem impostos. No fim, a conta é sempre paga pelos pequenos contribuintes. Esta é uma das páginas mais negras da economia desde a época da escravatura.” É verdade! Na prática, a Zona Franca da Madeira tem permitido que se faça lavagem de dinheiro das mais suspeitas proveniências, e que os lucros das multinacionais fiquem isentos de pagar impostos, sem criar postos de trabalho, sem gerar riqueza e sem acrescentar qualquer espécie de inovação tecnológica, operando exclusivamente na vertente financeira e fiscal, na qual o dinheiro nunca chega a entrar em Portugal, limitando-se apenas a ser traficado através das piruetas das contabilidades criativas, distorcendo a realidade económica da região e do país.

Conclui o autor, já no fecho da obra, que o comércio monopolista das multinacionais anulou a livre concorrência e viciou a lei da oferta e da procura. Os impostos são pagos apenas por quem trabalha por conta de outrem, enquanto que as grandes empresas jogam nos tabuleiros dos offshores para fugir ao fisco e engrossar os seus lucros de forma desmedida, satisfazendo as ganâncias e regabofes dos senhores accionistas. Por outro lado, o mito do défice da produtividade não está nos trabalhadores, nem na legião de desempregados que procuram sustentar-se, e sustentar as suas famílias, mas sim numa classe de parasitas profissionais que, socorrendo-se da corrupção e explorando toda a espécie de truques e artimanhas, mais as fragilidades que o sistema fiscal exibe, acabam por furtar-se aos impostos, e não só.

Livro oportuno e demolidor, muito bem estruturado, escrito e documentado, é um excelente veículo para mergulhar neste capítulo da realidade económica portuguesa. Embora saiba o que são offshores, para que servem, e na generalidade, quais os seus efeitos preversos, agora fiquei bem mais informado, para não dizer estarrecido. Reflectindo sobre as leituras dos últimos anos, lembrei-me de outro livro, “O Horror Económico” de Viviane Forrester, publicado em 1997, onde até não se falava muito de paraísos fiscais. Juntando as considerações dos dois, separados por 14 anos, fico com comichões e a engolir em seco. Há quem diga que o mundo mudou. Mudou pois, mas para muito pior!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Uma Humanidade que se Regozija com Revoluções De Liberdade Y Democracia Y Direitos Humanos deveria ter Vergonha em Aplaudir mortes de Crianças.



Titulo e texto dum post de de.puta.madre:

"F-Se! Uma Humanidade que se Regozija com Revoluções De Liberdade Y Democracia Y Direitos Humanos deveria ter Vergonha em Aplaudir mortes de Crianças. Essa Humanidade só Inscreve o Seu Nome na História Universal da Infâmia. Assim São Todos, sem excepção, que estão a Celebrar essa Fantochada Sanguinária a que Parodiam com o Nome de Revolução Líbia.

O twitter Ontem SUSPENDEU a conta @LibyaChildren - Eu voltei a criar a conta @LibyanChildren1 - O twitter hoje retirou Visibilidade aos tweetts das pesquisas. Parece que o mundo não pode saber que vão morrendo crianças na Líbia.

Nas duas últimas semana, nas quais ocorreu, inauguralmente, um bombardeamento a um HOSPITAL ( inédito na história da Nato) já morrem 1000 crianças y 100 estão em Estado crítico. Os vídeos vão chegando. São de crianças mortas. Mas crianças mortas são apenas crianças mortas. Nada podemos fazer.

Mas crianças mortas de Gaddafi não se podem tornar BOAS MORTES de crianças-Gaddafi mortas. Não sejamos INFAMES que nem Burlescos Breivikes a celebrar esta Grotesca Farsa a que bradam os mais histéricos Y dados a peneiras democráticas [obscuras] de revolução. A Liberdade respeita a Vida. Humano que não respeita uma criança morta não lhe sobra dedo para apontar a Kadhafi.
"


Ver também Apelo à participação na denúncia do massacre que a NATO, em nosso nome, está a fazer na Líbia:

"S.O.S LÍBIA !!! … Podes ajudar? … Eu Criei a Conta @LibyaChildren no Twitter, ao 46 tweet o Twitter Suspendeu-me a conta. Estava a enviar um Vídeo a Jogadores de futebol, com crianças Mortas pelos bombardeamentos da Nato, num Hospital da Cidade de Sirte." Ver mais...

Recortes e Rascunhos (7)


«Se as fronteiras fossem fechadas por duas semanas, por qualquer motivo, morríamos todos de fome
 
Afirmação de António Moreira, advogado de Torres Vedras que intentou uma acção popular contra o Estado português, pedindo a revisão dos programas negociados com a União Europeia na área da agricultura, considerando que os subsídios concedidos aos agricultores se destinam, maioritáriamente, a compensá-los, para que renunciem a produzir, havendo dois milhões de hectares de propriedades abandonadas ou desprovidas de qualquer cultivo. Moral da história: vivemos, essencialmente, de bens alimentares importados.

domingo, 9 de outubro de 2011

A POESIA SAIU À RUA
Numa paragem de autocarros em Santa Apolónia, Lisboa.


Portugal continua a cravar
Os milhões pra gastar
Na luxúria, na boémia, nas wars
E não sai da Falência-Vitalícia!

A alta e a média burguesias
Arruinam Porugal, não criam condições de vida
São avarentas antipatriotas

Portugal
Tem que impôr
Governos de
Consertação Social
Pro bem estar social
E não pra engordar
Mamões cifrões nazis e semear
Miséria!

Carneiros
E camelos
Não poder voltar
A votar nos mamões cifrões nazis!


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CARTA AO PRIMEIRO DEPARTAMENTO DO 5DIAS.

A Soviet war poster "Don't chat! Chatting leads to treason" (1941).


Moscavide, 7 de Outubro de 2011

Ao Primeiro Departamento do 5DIAS


Exmos. Senhores/as,

De vez em quando sou barrado nos comentários do 5Dias, o que parece ser coisa que acontece a muita gente, mas não só isso não me rala nada, como muito menos me leva a pôr em causa o vosso direito de só publicarem os comentários que bem entendem.

O que me deixa um pouco intrigado, e motiva o dirigir-me a V.Exas, é não perceber a lógica que leva o Primeiro Departamento do 5DIAS a barrar os meus inócuos comentários, especialmente se comparados com muitos outros que vejo publicados.

Embora a vida nos mostre não costumar ser a lógica um dos atributos dos primeiros departamentos deste mundo, mesmo assim ficava grato se ao menos me dessem uma abébia sobre os eventuais motivos que, por exemplo, vos levaram a não publicar este comentário ao post sobre a participação de Mário Nogueira ao lado de Jardim, ou vice versa, numa das muitas inaugurações em que são pródigas as campanhas eleitorais do soba da Madeira.

Atentamente,

Dédé


ADENDA
Depois de deixar um link deste post no 5DIAS, o comentário referido foi publicado e o Tiago teve a amabilidade de aqui vir à caixa de comentários dizer o que sucedeu.
Quando nada digo sobre não publicarem os meus comentários, nada acontece, mas das duas vezes em que referi aqui no blog o facto de ter sido barrado no 5DIAS, pelo menos esta resultou, embora a anterior não (num post de AF, não do Tiago).
O que só vem comprovar o dito
quem luta nem sempre ganha, quem não luta perde sempre (versão pós-moderna-combativa do velhinho quem não chora não mama).

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

JARDIM EM CAMPANHA COM NOGUEIRA AO LADO
Ainda se fosse num comício do PSD, mas na sede do Sindicato?


"A Federação define a independência sindical como a garantia de autonomia face ao Estado, às entidades patronais, aos partidos políticos e às organizações religiosas, e como a certeza que a definição da sua orientação é feita, exclusivamente, na base do funcionamento democrático dos órgãos estatutários da Federação." artigo 6º, nº 4, dos estatutos da FENPROF.

As eleições locais e regionais parecem ter um efeito deletério nalguns dirigentes da CGTP. Ainda se lembram quando Carvalho da Silva se cruzou no Chiado, alegadamente por acaso, com uma arruada da campanha de António Costa à Câmara de Lisboa? Agora, assumidamente de forma planeada, em plena campanha para as eleições regionais da Madeira, Alberto João Jardim e Mário Nogueira discursam lado a lado na inauguração da sede do Sindicato dos Professores da Madeira.

Adenda:
Sobre inaugurações em período de campanha eleitoral, sugiro a leitura deste post de Vitor Dias:
ELEIÇÕES NA MADEIRA - A MAIOR VERGONHA

terça-feira, 4 de outubro de 2011

TRIBUNAL DO SANTO OFÍCIO ABRE DELEGAÇÃO EM SANTO TIRSO.


O Tribunal do Santo Ofício, mais conhecido por Inquisição, acaba de abrir uma delegação em Santo Tirso, e no seu julgamento inaugural condenou um arguido, Agostinho Caridade, de 38 anos, residente em Aguiar, Barcelos, a pagar 3.000 euros por ter lesado a fé dos queixosos.

E mais não digo, não vá alguém sentir-se lesado na sua fé e pôr-me um processo em cima no Tribunal de Santo Ofício Tirso.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Justiça


A MINISTRA da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, quer acabar com os processos que se arrastam. Há solução para (quase) tudo, e esta até é simples: usem arrastadeiras! O belo exemplar acima é da saudosa Fábrica de Louça de Sacavém, e data de 1870.

Atentos, Firmes e Hirtos


RELATÓRIOS confidenciais (???) a que os meios de comunicação social tiveram acesso, dão a conhecer que os comandos da PSP e do SIS estão muito preocupados com o agravamento da agitação social, face ao aprofundamento das medidas de austeridade, que se reflectem na  degradação das condições de vida do povo português. É mesmo antecipado um quadro de extrema agitação social, o que levou a que as polícias já tivessem passado à fase de identificação e "marcação" de potenciais protagonistas de violência.

Curiosamente, ou talvez não, aquilo que deveria ser matéria reservada, acaba vertido para a comunicação social, como se de uma fuga de informação se tratasse, mas na realidade, rápidamente se percebe que estamos perante um aviso prévio e uma pública declaração de prontidão, quase uma provocação. E direi mais: que os zelosos comandos da PSP e do SIS, estão ansiosos por apresentarem serviço, testarem a eficácia dos novos equipamentos anti-motim, provando que a nossa polícia é tão boa como a dos outros países, sobretudo quando chega o momento de nos aquecerem as costas.